Um violoncelo, um violão e dois músicos interessados em desvendá-los musicalmente. Nesse espetáculo inédito, Paulo Santoro e Cyro Delvizio interagem, dançam, se imitam e entrelaçam com os instrumentos que Villa-Lobos tocava e mais admirava.
Ora perpassam standards de Villa-Lobos, Tom Jobim e Piazzolla, ora os reinventam com novos arranjos. E às vezes até superam seus propósitos iniciais: em “Polichinelo” de Villa-Lobos, o violão (com a fricção de lixa de unha) simula o arco de seu companheiro. Por outro lado, no conhecido “Samba de uma nota só” de Tom Jobim, os instrumentistas se unem em um único violoncelo e o fazem soar como um violão.
Paulo Santoro, incansável em sua arte de divulgar o violoncelo, divide o palco com seu ex-aluno de música de câmara na UFRJ, Cyro Delvizio, hoje um conceituado profissional.