Homenagem aos três últimos diretores da Sala Cecília Meireles
Orquestra Sinfônica Brasileira
Lee Mills, regência
Jean Louis Steuerman, piano
Angélica de La Riva, soprano
A Sala Cecília Meireles, ao longo de seus 53 anos, foi palco de importantes momentos para a trajetória cultural de nosso país. Grandes artistas, orquestras e conjuntos passaram por aqui, deixando cada um a sua marca e promovendo a difusão da música clássica e popular. Mas o palco não foi o único lugar da Sala em que os artistas demonstraram seus talentos. Sob a direção de grandes músicos, a Sala Cecília Meireles passou por incríveis transformações e garantiu ao público o que há de melhor no cenário musical.
Sob a gestão do compositor João Guilherme Ripper, a Sala passou por uma ambiciosa e cuidadosa reforma que lhe restaurou os sons originais e aprimorou ainda mais a sua acústica. E não foi “só” isso: em 10 anos de gestão, Ripper promoveu inúmeros espetáculos importantes, entre eles o extraordinário ciclo com a Integral das Sonatas para Piano de Beethoven, nas mãos do pianista François-Frédéric Guy.
O pianista Jean Louis Steuerman, por sua vez, foi responsável por programar prestigiosas estreias.
Foi graças a ele que o público carioca pode, pela primeira vez, ouvir ao vivo todas as sinfonias de Schubert. Steuerman também se dedicou a programar premières de música contemporânea. Vale citar: o Mantra, de Stockhausen; obras de Manoury e, ainda, aSegunda Sonata para Piano de Pierre Boulez.
Ao reassumir a gestão da Sala, em 2017, Miguel Proença se comprometeu a reafirmá-la enquanto espaço de difusão da música de concerto. E assim o fez: trouxe uma variedade de orquestras para o palco, realizou ciclos com obras de Brahms e Rachmaninov, criou a “Série Sala Lírica”– verdadeiro sucesso –, com joias do repertório lírico e operístico, para mencionar apenas alguns destaques.
Olhando para trás e admirando todas essas exitosas gestões, a nova direção da Sala fica não apenas agradecida, mas, sobretudo, honrada em poder dar seguimento a este trabalho de tamanha qualidade. É com essa mesma honra e alegria que apresentamos este espetáculo em homenagem aos 3 últimos diretores da Sala Cecília Meireles.
Programa
Claudio Santoro
Mini concerto Grosso
-Allegro moderato
-Andante (lento)
-Allegro (finale)
Felix Mendelssohn
Concerto pra Piano, No.1, Op.25, em Sol menor
-Molto allegro con fuoco
-Andante
-Presto – Molto allegro e vivace
[INTERVALO]
João Guilherme Ripper
Cinco poemas de Vinicius de Moraes
SOBRE OS SOLISTAS
Soprano Brasileiro-cubana radicada em Nova York, Angelica de la Riva debutou em out. 2018 no Teatro Real em Madrid interpretando Bachianas Brasileiras No.5 de Heitor Villa Lobos durante homenagem a legendaria soprano Montserrat Caballe. Reconhecida por seu trabalho na divulgação da Música Clássica Brasileira ao redor do mundo e aclamada pela critica internacional por sua presença cênica e versatilidade vocal, Angelica de la Riva protagonizou a opera monodrama Las Horas Vacias de R. Llorca, regida por E. Plasson, no Lincoln Center, NY – CD lançado por Columna Musica e no Teatro São Pedro em Sao Paulo, regida pelo Mo. A. Soriano e dirigida por J. Schamberger. Em 2010 teve seu debut no Carnegie Hall em NY, onde desde de então, se apresenta regularmente.
Jean-Louis Steuerman ganhou grande reconhecimento como artista internacional após conquistar o 2º lugar no Concurso Johann Sebastian Bach em Leipzig, na Alemanha, em 1972. Foi solista nas mais importantes orquestras do mundo sob a regência de maestros consagrados. Steuerman se
apresentou como solista com a London Symphony, sob regência de Claudio Abbado, com a Royal Philharmonic, sob a batuta de Lord Menuhin e Vladimir Ashkenazy (com que tocou o Concerto de Britten no Festival de Atenas).
Participou de importantes turnês na Europa, América do Norte e Japão, apresentando-se nas principais séries de concerto. Como músico camerista,
tem tocado com os mais renomados músicos internacionais. Suas gravações para a Philips incluem obras de Alexander Scriabin, Felix Mendelssohn Bartholdy e as Seis Partitas de Johann Sebastian Bach, com a qual recebeu o prêmio Diapason d’Or.